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terça-feira, 8 de junho de 2010

Missões hoje?


"Mas, hoje onde estão os Barnabés e Saulos da igreja?
Existe uma boa razão que explique as raras vocações ouvidas entre os líderes mais dotados por Deus, nas milhares de igrejas que foram levantadas em todos os cantos do Brasil, nos últimos cem anos? Se há um irmão em 10 mil (na média) que ouviu a voz do Espírito, convidando-o a labutar na vinha do Senhor, levando a boa semente para terras distantes, é muito. As estatísticas missionárias são desalentadoras. Vinte e cinco milhões de brasileiros se dizem crentes, porém,há menos de dois mil missionários transculturais que têm obedecido a ordem de Cristo: "Ide por todo o mundo e fazei discípulos de todas as nações". E não é por falta de dinheiro nos bolsos dos evangélicos. Na média, um critão evangélico brasileiro dá pouco mais do que um real por ano para sustentar a obra missionária além as fronteiras nacionais.
Há igrejas comprometidas com missões e que lhes dstinam metade de suas entradas, mas as exceções como essa são poucas. Um AVIVAMENTO genuíno mudaria esse quadro, com certeza. Mudou radicalmente a visão dos morávios de Herrnhut. Após eclodir o avivamento entre os refugiados no condado, governado pelo piedoso Von Zinzendorf na Saxônia, em 1727, enviaram 226 missionários para povos não alcançados, mais do que todas as igrejas luteranas, Anglicanas e Batistas da Europa enviaram durante 200 anos anteriores. A diferença foi o avivamento que mudou a visão e os valores dos que ficaram cheios do Espírito."

quarta-feira, 24 de março de 2010

As melhores coisas demandam esforço - A.W. Tozer

AS MELHORES COISAS
DEMANDAM ESFORÇO
A. W. Tozer


Em nosso torcido mundo, as mais
importantes coisas muitas vezes são as mais
difíceis de aprender; e inversamente, as coisas
que vêm fácil são na maioria das vezes de pouco
valor real no longo prazo.
Isso se vê claramente na vida cristã, onde
muitas vezes acontece que aquilo que aprendemos
a fazer sem dificuldade são as mais superficiais
e menos importantes atividades, e os verdadeiramente
vitais exercícios tendem a ser
omitidos devido à dificuldade de pô-los em prática.
Isto é mais facilmente visto em nossas
variadas formas de trabalho cristão, particularmente
no ministério. Ali as mais difíceis atividades
são as que produzem maior fruto, e os
menos frutíferos serviços se desempenham com
menor esforço. Esta é uma armadilha em que
não cairá o ministro sábio, ou se ele perceber que
nela está preso, importunará céu e terra em sua
determinada luta para escapar dela.
Orar com sucesso é a primeira lição que
o pregador tem de aprender se quiser pregar
frutiferamente; embora a oração seja a mais
difícil tarefa para a qual ele é chamado. Como
homem será a atividade que será tentado a menos
pôr em prática do que qualquer outra. Ele
tem de determinar o coração para conquistar pela
oração, e isso significa que primeiro tem de comquistar
sua própria carne, porque é a carne que
sempre atrapalha a oração.
Quase tudo que diz respeito ao ministério
pode ser aprendido com uma média porção de
inteligente esforço. Não é difícil pregar, ou
gerenciar atividades da igreja ou atender compromissos
sociais; casamentos e funerais podem
ser dirigidos sem problemas com um pouco de
ajuda de um Manual do Ministro. Pode-se
aprender a fazer sermões tão facilmente como
fazer sapatos – introdução, conclusão e só. E
assim é com todo o trabalho do ministério como
se tem levado na igreja normal de hoje.
Mas orar – isso é outro assunto. Aqui de
nada serve a ajuda de um Manual do Ministro.
Aqui o solitário homem de Deus tem de
combater sozinho, às vezes com jejuns e lágrimas
e fadigas indizíveis. Ali cada homem tem de ser
original, porque a verdadeira oração não pode ser
imitada nem pode ser aprendida de outrem. Cada
um tem de orar como se só ele pudesse orar, e
sua aproximação tem de ser individual e independente;
independente de todos, menos do Espírito
Santo.
Thomas à Kempis diz que o homem de
Deus deve sentir-se mais à vontade em seu
quarto de oração do que diante do público. Não
é exagero dizer que o pregador que gosta de estar
diante do público dificilmente se encontra espiritualmente
preparado para estar diante dele. É
mais provável que a correta oração torne o
homem hesitante em aparecer diante de uma
audiência. O homem que realmente se sente à
vontade na presença de Deus se verá preso numa
espécie de contradição interior. Ele provavelmente
sentirá de forma tão aguda sua responsabilidade
que preferiria fazer qualquer outra coisa
a encarar um auditório; e contudo a pressão
sobre seu espírito pode ser tão grande que nem
cavalos selvagens o poderiam arrancar do seu
púlpito.
Nenhum homem deveria se colocar
diante de uma audiência sem antes ter estado
diante de Deus. Muitas horas de comunhão
deveriam preceder uma hora no púlpito. O
quarto de oração deveria ser mais familiar que a
plataforma pública. A oração deveria ser contínua;
a pregação, intermitente.
É de notar que as escolas ensinam tudo
sobre a pregação, exceto a parte importante, a
oração. Não se deve censurar as escolas por
causa dessa fraqueza, pela razão que a oração não
se pode ensinar; ela somente pode ser praticada.
O melhor que qualquer escola ou qualquer livro
(ou qualquer artigo) pode fazer é recomendar a
oração e exortar a que seja praticada. A oração
mesma tem de ser trabalho do indivíduo. E é
justamente o trabalho religioso que, feito com
pouco entusiasmo, se torna uma das grandes
tragédias dos nossos dias.

segunda-feira, 1 de março de 2010

As Vestes da Humildade _ A.W.Tozer


AS VESTES
DA HUMILDADE

A.W.Tozer
Cingi-vos todos de humildade, porque
Deus resiste aos soberbos, contudo aos
humildes concede a sua graça. 1 Pe 5.5
Quando o apóstolo Pedro aconselha
aos crentes que se revistam de humildade no
seu trato uns com os outros, na verdade, está
dando a entender que a humildade deve ser
uma espécie de uniforme que nos identifique
diariamente.
Naquela época, era costume as
pessoas se vestirem de acordo com seu
status e sua posição na sociedade.
Hoje em dia, também, costumamos
identificar alguns servidores públicos pelo tipo
de roupa uniformizada que usam. Se, por
exemplo, estivermos numa cidade estranha e
necessitarmos de um determinado tipo de
auxílio, logo daremos uma olhada pelas
redondezas à procura de um policial, que
podemos identificar pela farda.
Quando o carteiro chega em nossa
casa, também, nós não temos nenhum
receio dele. O uniforme que usa mostra que
ele é um servidor público, com a
responsabilidade de realizar um tipo de
serviço.
E o Espírito Santo, através das palavras
do apóstolo, ensina que é necessário que os
membros do Corpo de Cristo estejam
submissos uns aos outros pelos laços do amor,
da misericórdia e da graça. E essa postura
de submissão e humildade, assumida em
sinceridade, torna-se o nosso uniforme, nosso
adorno, que mostra para os outros que
somos remidos, que somos discípulos
obedientes de Jesus Cristo e que
pertencemos a ele!
E se lembrarmos que foi Jesus Cristo,
nosso Senhor, quem se revestiu de
humildade, e rebaixou-se a tal ponto de
chegar à morte, e morte de cruz, não
acharemos estranha essa orientação de
Pedro.
Esse ensino é um exemplo divino e
escriturístico que temos na pessoa de Jesus,
que, “subsistindo em forma de Deus não
julgou como usurpação o ser igual a Deus;
antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a
forma de servo, tornando-se em semelhança
de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornandose
obediente até à morte, e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou
sobremaneira e lhe deu o nome que está
acima de todo nome” (Fp 2.6-9).
É muito importante que os crentes
entendam que, como Jesus veio ao mundo
revestido de humildade, ele sempre estará
entre aqueles que se revestem de
humildade. Ele sempre se encontrará entre
aqueles que são humildes. Há muita gente
que ainda não aprendeu essa lição.
Quero mencionar aqui uma
passagem muito interessante do livro de
Cantares de Salomão que, em minha
opinião, revela de forma muito prática o
anseio que o Noivo celestial tem de estar em
comunhão com aqueles que lhe são caros
no plano do serviço humilde.
Encontra-se no capítulo 5. A noiva
está narrando sua aflição porque seu amado
a chamou no meio da noite, para sair com
ele, mas ela demorou a responder. Ele
dissera a ela que a cabeça dele estava
coberta de orvalho, o cabelo molhado pelas
gotas da noite, pois ele estivera colhendo
mirra, lírios, e cuidando de suas ovelhas.
Resumidamente, ela recorda que
estava belamente vestida para a noite, mas
essa roupa não seria apropriada para
atender ao chamado dele, pois ele queria
que ela fosse estar com ele, onde ele se
encontrava, na sua humildade, trabalhando
entre as ovelhas, no serviço das hortas e dos
campos. Por fim ela confessa: “Abri ao meu
amado, mas já ele se retirara e tinha ido
embora... busquei-o mas não o achei;
chamei-o, e não me respondeu.”
Quando afinal ela se dispusera a vestir
as roupas certas, para auxiliá-lo no serviço
humilde, ele já fora embora.

As Escrituras ensinam claramente que
Deus está sempre do lado dos humildes, e
Pedro concorda plenamente com este
ensino de que Deus resiste aos soberbos mas
aos humildes concede a sua graça.
É possível que as pessoas, de um
modo geral, pensem que encontrarão Jesus
Cristo onde quer que elas estejam. Mas eu
acho que existe a possibilidade de
encontrarmos a Cristo somente onde ele está,
e ele está na posição de humildade,
sempre!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Líder que Deus usa (por Russel Shedd).


QUE TIPO DE LÍDER DEUS USA?

Quando pensamos em um líder, nosso foco recai sobre alguém "que convence seguidores de que pode resolver seus problemas de uma forma melhor e mais eficaz do que qualquer outra pessoa”. A compreensão do de que consiste a liderança, leva-nos a um indivíduo que reconhece os problemas, as dificuldades e as necessidades de um grupo. Ele ajuda a identificar o que está errado e lidera pessoas no caminho de soluções satisfatórias. Qualquer indivíduo que segue um bom líder vive confiantemente. O otimismo penetra qualquer grupo que é abençoado com uma liderança piedosa.
Um líder convence outras pessoas a segui-lo porque tem respostas e soluções. Ele sabe o caminho a seguir ou, pelo menos, convence seus seguidores de que é competente. Pouca ou nenhuma vantagem pode ser obtida pela elevação de alguém a uma posição de autoridade, se essa pessoa é nitidamente incapaz de convencer o grupo de que pode resolver seus problemas. Visto que um grupo sem líder sente-se instintivamente como se estivesse condenado, ele dará as boas-vindas a qualquer um que estiver disposto a indicar-lhe a saída. Este poderá ser um homem de Deus ou um patife ambicioso, um destruidor, ou alguém que determina o passo ideal. E será tolerado até que apareça um líder mais persuasivo. Esse tipo de líder administra precariamente em sistemas democráticos, mantendo seu poder através do medo e por ameaças. Fidel Castro talvez não tenha melhorado a vida de muitos cubanos, mas tem mostrado como o poder pode ser mantido através da força e do medo.
Para um líder guiar, precisa ter autoridade, tanto quanto um automóvel precisa de um motor para ser dirigido. Se o líder é escolhido desconsiderando-se os critérios de Deus e os valores bíblicos, o grupo e seus propósitos serão postos em perigo. Exemplo claro disso foram as trágicas conseqüências da escolha de Israel, para que Abimeleque reinasse sobre eles (Jz 9). A sua história sórdida demonstra o quão é importante fazer a escolha certa. A Bíblia oferece grandes exemplos de líderes escolhidos por Deus. Suas personalidades foram tão distintas quanto as suas faces e as suas biografias, no entanto, algumas características merecem uma consideração especial. A liderança depende de algumas qualidades e habilidades.
Procurando um Homem Disponível

A habilidade e o talento valem muito pouco para os líderes que não estão disponíveis, dispostos e prontos a servir. Paulo mencionou este primeiro passo: "Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja" (1Tm 3.1). Paulo certamente conhecia líderes que queriam a função ou o título, mas que estavam pouco preparados para o serviço. Timóteo era excepcional, como a carta de Paulo aos filipenses pode confirmar. Em seu desejo de mandar alguém para ministrar e aconselhar a igreja, Timóteo sobressaiu-se como a escolha óbvia, pois ele não tinha empecilhos com preocupações irrelevantes. "Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus" (Fp 2.20¬21). Além do mais, Paulo exortou Timóteo para escolher homens que continuassem na obra de Deus em Éfeso, e que fossem como soldados que cuidadosamente evitam se envolver nas questões civis. Do contrário, ele desagradaria aquele que o alistou (2Tm 2.4).
O mesmo é verdade para o atleta. Que estrela olímpica compete com êxito tendo sua atenção dividida? Para vencer, a pessoa precisa estar disposta, concentrada e determinada em seu coração para a vitória (cf. 2Tm 2.5). O serviço para Deus exige a diligência e a vontade séria para ser aprovado pelo Senhor (v.15). Será que Pedro não tratou deste mesmo assunto? "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade" (1Pe 5.2). Jesus certamente viu, debaixo das camadas de incompetência, inexperiência e imaturidade dos seus discípulos, homens que estavam dispostos, e até zelosos para servir. Isso explica a confiança com a qual Jesus chamou-lhes de suas diversas carreiras, prometendo fazer-lhes "pescadores de homens"(Mt 4.19).
A importância da disponibilidade e da disposição de se trabalhar para Deus pode ser mais claramente vista nas exigências que Jesus colocou sobre um homem que ele chamara para segui-lo. "Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos" (Lc 9.59-60). Para outro candidato que se oferecera seguir Jesus depois de despedir-se de sua família, Jesus disse: "Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus" (vv.61¬62). Grandes recompensas estão reservadas para aqueles que deixam casas, famílias e campos para trabalhar para Deus (Mc 10.29-30). Esse é o tipo de desprendimento que bons líderes necessitam. Quando olhamos o sucesso extraordinário que Jesus atingiu através de homens que ele escolhera, vemos a verdade nesta definição: "Um líder é uma pessoa comum com uma determinação extraordinária".

Procurando um Homem Que é Disposto a Ensinar e a Aprender

A liderança exige o conhecimento e o treinamento. Paulo usa a frase: "apto para ensinar" (1Tm 3.2). A habilidade para ensinar depende do desejo contínuo de aprender. Uma pessoa nunca deve dizer que já aprendeu, como se não precisasse mais crescer em entendimento. Depois de 80 anos de aprendizado na escola de Deus, o Senhor prometeu a Moisés: "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar" (Ex 4.12). Quando Tiago avisa que um "maior juízo" aguarda mestres cristãos, é provável que não se referia aos erros daqueles que deliberadamente distorcem a verdade, mas daqueles que, através da preguiça e da ignorância, dão opiniões humanas, em vez da infalível Palavra de Deus. É tão comum ouvir em nossos dias mensagens que apresentam pouca profundidade e reflexão e raro interesse em expor o sentido verdadeiro do texto bíblico.
Porque a vida é dinâmica e o assunto muda constantemente, a liderança eficaz exige o crescimento e a adaptação constante.
De acordo com a pesquisa feita com milhares de líderes pela Escola de Missões Mundiais do Fuller (mencionada anteriormente), os líderes eficientes "mantém uma postura de aluno durante a vida inteira. Nunca param de estudar; lêem livros que aumentam seu conhecimento e ampliam seus horizontes. Assistem cursos para crescer e melhorar suas aptidões ministeriais”.
Pastores que não se aposentam enquanto têm voz audível e uma mente que raciocina bem, demonstram mais uma das características de líderes eficazes, segundo a pesquisa do Fuller. "Eles têm uma perspectiva vitalícia de ministério. Pretendem continuar a ministrar enquanto puderem. Amam o que fazem e nunca escolheriam parar de ministrar. Encaram o ministério como um privilégio".
O outro lado da moeda se mostra quando um líder idoso pára. de estudar e descobrir novas facetas da verdade. Passa a argumentar que tudo sempre fora feito assim e não enxerga o fato de que a dinâmica de sua liderança está se esgotando. A situação delicada pode ser contornada com muita dificuldade, a não ser que o líder venerável, mais idoso, se transfira para uma esfera menos exigente ou que ele "volte para escola".
A abertura para novas idéias significa que um líder tem um ouvido pronto para ouvir. Uma pessoa que arrogantemente crê que sabe muito mais do que seus seguidores, e que estudo é uma perda de tempo, encontrará desafios em sua liderança. A confiança que seus seguidores precisam manter será desgastada. Sua habilidade de efetuar mudanças nas vidas de outras pessoas será dissipada.
A seleção do líder da nação ou da igreja local, muitas vezes, será a decisão de maior importância que um grupo tomará. É o líder escolhido que determina o passo da organização, que direciona o rumo que ela seguirá. Muita reflexão e oração são os mínimos necessários que precisam ser investidos na escolha de um homem de Deus.

Procurando um Homem Perseverante

John Haggai, depois de examinar cuidadosamente personalidades históricas e compará-las com líderes atuais, chegou a seguinte conclusão: "Um fator distingue a organização que vence: a habilidade de permanecer". A persistência vem com a firmeza das convicções que uma pessoa mantém. O percurso que ela escolhe é o escolhido por Deus. Esse percurso é mais digno do que qualquer outro.
Alguns dos heróis do Antigo Testamento demonstraram incrível persistência. Considere José durante o que parecia intermináveis anos na prisão. Moisés esperou quarenta anos na península do Sinai, pelo tempo de Deus, para livrar o seu povo. Samuel começou mais jovem do que qualquer outro homem de Deus a discernir a voz do Senhor. Ele permaneceu fiel até o último instante de sua vida. Começar bem é bom, mas terminar bem é muito melhor. Olhando para a história dos diversos heróis da Bíblia, "a tão grande nuvem de testemunhas a rodear-nos", o autor de Hebreus exorta para que "desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (12.1).
Foi dito que John Wesley pregou cerca de 40.000 vezes. Ele andou a cavalo por volta de 400.000 quilômetros. Não é de nos surpreender que ele foi sozinho o homem que mais influenciou a Inglaterra em sua geração. Ele tinha persistência. Trabalhou incansavelmente para conquistar homens e mulheres para Cristo. Inspirou seguidores que tornaram o metodismo uma força poderosa para Deus que permanece até hoje. Deus o usou de forma poderosa porque ele não desistiu.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Livro "Adoração Bíblica"_Russel Shedd


As Orações
O quarto elemento que Lucas destaca na adoração mais
antiga é a oração (gr. tais proseuchais, "as orações", At 2.42).
O judeu do primeiro século dificilmente podia imaginar um
culto sem orações, pelo menos na sinagoga.
Conseqüentemente, era natural que os primeiros cristãos
continuassem essa prática, ainda que com algumas
modificações.25. A importância básica das orações é notada
no nome "lugar de oração" (At 16.13). Em Filipos, uma
colônia romana, não havia os dez homens necessários para
formar uma sinagoga, mas havia um lugar de orações, onde
mulheres se reuniam (At 16.13). Paulo e Silas não sentiram
nenhum embaraço ao participarem desse primeiro culto
"ecumênico", transformando o que antes era especificamente
judaico em culto cristão. Daquele local foi feito um palco para
anunciar o evangelho.
Jesus ensinou que a oração deve ser particular (Mt 6.6)
e pessoal (Lc 11.5-13). Ele pouco falou sobre oração em
comunhão com outros irmãos, com exceção da famosa
afirmativa: "Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhesá
concedida por meu Pai que está nos céus" (Mt 18-19),
relacionada com o contexto de disciplina na igreja26 Sua
própria prática foi de orar sozinho, num monte ou lugar
afastado (Lc 6.12 9.29; 9.18; 22.41).
Ainda que pensando num sentido mais geral, a oração
se distingue da adoração pela preocupação do suplicante
com suas necessidades, enquanto a adoração conceitua a
alma sobre seu Deus. Um comentário puritano sobre o Salmo
107 dizia "A miséria instrui maravilhosamente a pessoa na
arte de orar".27
Mas as orações bíblicas valorizam a comunhão com
Deus. Como aparelhos complicados, projetados para uma
função particular, deixamos de alcançar o objetivo de nossa
existência fora da comunhão que a oração cria Egoísmo,
soberba e murmuração aniquilam a comunhão. Somos,
então, como quem tenta martelar um prego com sabonete28.
Orar de verdade quer dizer abandonar a rebelião e aceitar a
reconciliação. Jesus quis ensinar, acerca da oração, a
verdade incomparavelmente preciosa de que Deus deseja
nossa comunhão. Ele nos ama mais do que um pai humano
é capaz (Lc 11.11-13). Ele deseja ouvir as nossas
necessidades e supri-las (Mt 7.7-11). Amar a Deus acima de
todo objeto por ele criado só pode significar que Ele quer ser
conhecido e desejado pelas Suas criaturas.29. Por isso, as
orações dos santos são qualificadas como o incenso que
enche os vasos de ouro nas mãos dos 24 anciãos que
rodeiam o trono do Senhor do universo (Ap 5.8; cf.8.3). O
altar de incenso do propiciatório simbolizava o prazer com
que Deus recebia os louvores e petições do Seu povo.
No início, Deus fez o homem à sua imagem e
semelhança para que entre o infinito e sua criatura pudesse
haver comunhão, "pensamento correspondendo a
pensamento, coração a coração e vontade a vontade.30 Mas,
surpreendentemente, havia algo na criação que não era bom
(Gn 2.18); o homem, que vivia em plena harmonia vertical
com Deus, ainda não estava completo. Faltava-lhe descobrir
o que completava o nível horizontal e social. Comunhão
humana junto com a divina, para o homem.
A oração, mesmo quando elevada de uma forma
particular, não pode estar isolada do contexto social. Deus é
nosso Pai, não meu Pai. Se admitirmos que a essência do
pecado é egoísmo e orgulho, de onde emanam a geração de
pecados e condições características da humanidade após a
queda tais como: temor, frustração, ira, ciúme, inveja
amargura e vingança, reconheceremos que todos separam o
homem do seu próximo. Veremos, também, que a
reconciliação com Jesus, a qual nos induz ao louvor,
agradecimento e petições, tem a tendência de diminuir essas
barreiras. Na oração, procuramos escapar de nossa
independência para interceder.
Deste modo, não nos aproximamos do trono da graça
sozinhos, mas com o irmão, e até com a igreja.31
Orações públicas nas reuniões da Igreja devem ter o
mesmo significado. Aquele que ora, conduz toda a
congregação aos pés do Senhor, isto é, na medida que os
membros, individualmente, estejam também orando. Não ê
necessário repetir as palavras do que ora, mas, sim, elevar o
coração com ações de graças e petições pelos membros da
comunidade. Louvar a Deus pela escolha dos companheiros
na longa caminhada para o lar eterno tem um significado
singular, porque "temos da parte dele este mandamento, que
aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão" (1 Jo
4.21).
Lucas preserva um exemplo de oração pública na igreja
de Jerusalém, em Atos 4.24-31. Os estímulos anteriores a
estes momentos na presença de Deus foram a cura do
homem coxo, a interrogação de João e Pedro no Sinédrio e,
finalmente, a libertação dos dois. As autoridades não
acharam como os castigar, "por causa do povo, porque todos
glorificavam a Deus pelo que acontecera" (4.21). Uma vez
soltos, Pedro e João procuraram os irmãos da igreja e
contaram-lhes suas experiências. "Ouvindo isto, unânimes
(homothumadon) levantaram a voz a Deus" (v.24).
Perceberam claramente que Deus estava controlando todas
as circunstâncias ameaçadoras. Atribuíram a Deus o título
de "Soberano" (déspota, "autoridade suprema"), Criador do
Céu, terra, mar e todas as coisas que neles existem (v.24,
citando Ex 20.11; Sl 146.6). Nesta oração, a igreja firmou-se
no fato de que Deus é chefe supremo do universo (cf. Is
37.16). Nada e ninguém pode escapar da Sua providência
perfeita
Após reconhecer quem é Deus e o que Ele fez, a oração
afirma que Davi escreveu, pela inspiração do Espírito Santo,
palavras aplicáveis à situação da igreja A posição mundial
voltada contra Jesus, o Ungido, foi uma manifestação de ódio
contra Deus. O que acontecera nos eventos da Paixão apenas
poucas semanas antes, não fora surpresa nem ocorrera por
acaso, mas de acordo com o propósito divino. Confiança em
Deus e Sua palavra é a rocha viva em que a oração se
fundamenta
A igreja de Jerusalém não rogou para que a perseguição
acabasse e, assim, não sofresse a derrota que o temor dos
homens produz. Antes, pediu ao Senhor oportunidades e
intrepidez (parrēsia, "ousadia, liberdade, desembaraço") para
anunciar a mensagem da salvação. Não pediram curas, nem
milagres, mas desejaram (v.30) que o testemunho e a
pregação surtissem efeito sobre os ouvintes. Deus agraciou a
comunidade toda com a plenitude do seu Espírito.
Conseqüentemente, anunciavam com intrepidez a Palavra de
Deus (v.31). E a igreja cresceu em vez de se encolher e se
esconder (At 5.14).
Inseridos neste relatório da experiência na oração,
devemos notar os seis princípios seguintes.
O princípio da dependência. A igreja, sem forças
próprias e alvo da perseguição, sentiu de modo preciso a
verdade declarada por Jesus' "Sem mim, nada podeis fazer"
(Jo 15.5). Deixamos o braço da corpo físico para nos
apegarmos, pela fé, ao poderoso braço do Senhor.
O princípio da união. A igreja pôs-se a orar com
unanimidade, Eles não desprezaram a palavra de Jesus, de
que "se concordarem" (gr. sunphonēsōsin, "juntar vozes e
corações em plena harmonia") sobre qualquer coisa que
porventura pedirem, esta ser-lhes-á concedida (Mt 18.19).
Desconhecemos, freqüentemente, a força que a sintonia e
união espirituais acrescentam à oração.
O princípio da comunhão. "Levantaram a voz" (At 4.24).
Não oraram em silêncio, mas transmitiram com suas vozes o
que queriam. Dessa maneira todos podiam reforçar os
pedidos, assim como muitos fios torcidos formam um cordão
que dificilmente pode ser rompido.
O princípio do reconhecimento da grandeza de Deus. A
igreja colocou uma base inabalável sob sua oração.
Lançaram sua petição aos pés do único Soberano, aquele que
criou e controla todas as coisas. A única verdade que
realmente importa quando oramos é saber que Deus tem
Seus propósitos pré-determinados (v.28). As ameaças que
nos atemorizam não existem fora do controle de Deus (a
oração de Ezequias em Is 37.15-20). Satanás, como um
cachorro amarrado, pode rosnar, latir e até morder a igreja,
mas nunca engoli-la. A corrente que segura o diabo parecenos
muito comprida, mas ele não deixa de estar acorrentado.
O princípio de paralelismo nas Escrituras. As verdades
que o Espírito Santo revelou para Davi, e que ele, em
seguida, escreveu no Salmo 2, não valiam somente para a
situação original que aquele rei passou. "Estas coisas...
foram escritas para advertência nossa" (1 Co 10.11), Paulo
declarou. O "conforto" da Palavra de Deus (Rm 15.4) de
maneira alguma deve ser ignorado nas orações que
colocamos diante do trono de graça (Hb 4.16).
O princípio de prioridades. Ao contrário de muitas
orações pronunciadas hoje em dia, a igreja de Jerusalém
colocou a evangelização em primeiro lugar. A ameaça dos
inimigos era perigosa somente porque podia fechar a boca
dos servos de Deus. Nem curas e nem prodígios tinham
importância se esses milagres não apoiassem a desinibida
proclamação do evangelho. O plano predeterminado de Deus
culminou na crucificação do santo Servo Jesus (v.27). Deus
deu prioridade ao sacrifício substitutivo do Seu Filho para
que todo o mundo pudesse receber os benefícios do perdão.
Quando oramos devemos ter os pensamentos de Deus, como
o filho que pede um serrote ou uma máquina de escrever,
justamente porque o que quer fazer está sintonizado com o
desejo do pai. Este, por sua vez, deseja que o filho tenha a
experiência necessária para, um dia, poder colaborar com ele
(cf.1 Co 3.9).
Mais um tipo de oração da igreja recebe destaque
especial em Atos. Lucas relata que na ocasião da escolha do
apóstolo substituto, Matias, os apóstolos, mulheres e irmãos,
juntando cerca de cento e vinte pessoas, oraram juntos (At
1.24-25). Trata-se da oração que procura a vontade de Deus
na escolha e consagração de um obreiro para o ministério.
"Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos
qual destes dois (José ou Matias) tens escolhido" (v.24).
Não foi democracia eclesiástica que indicou o novo líder,
mas o desejo de preencher a vaga com a escolha divina A
ênfase desta petição, portanto, cai na autoridade de Deus
("Tu Senhor") e Sua onisciência ("conheces o coração").
Eleições desastrosas para cargos de liderança podem ser
evitadas somente por intermédio da oração que põe essa
responsabilidade pesada nas mãos do Todo-poderoso.
A escolha dos sete discípulos para cuidar da distribuição
diária teve sua causa primária na falta de tempo dos
apóstolos para ministrarem a palavra e orar (At 6.1-4). Após
a escolha segundo os critérios divulgados pelos apóstolos
(sabedoria e plenitude do Espírito), a consagração foi
realizada pela oração. Cremos que tal ato deve ter sido um
culto de entrega, um sacrifício oferecido a Deus pela igreja
Separar para as responsabilidades de administração e
ministério deve ser encarado como um sacrifício da igreja.
Tempo e talentos dela são ofertados a Deus em benefício do
Seu reino. Novamente, no início da primeira viagem
missionária, tanto a escolha como a própria consagração
surgiram e continuaram imersas na oração (At 13.1-3). Não
foi um chamado que Barnabé e Saulo receberam em
particular, mas o convite lançado para a igreja pelo Espírito,
para consagrar estas colunas da igreja de Antioquia para a
obra missionária.
Paulo e Barnabé aplicaram o mesmo princípio no campo
missionário. Ao voltarem às igrejas iniciadas na primeira
visita, promoviam eleições de presbíteros (pastores). É
importante destacar que as igrejas do sul da Galácia oraram
com jejuns para, em seguida, consagrar os obreiros
indicados: "... os encomendaram para o Senhor" (At 14.23).
Concluímos dizendo que qualquer líder da igreja de Jesus
Cristo precisa ser alguém que se comprometa a servir ao
Cabeça da Igreja

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Esse pastor Russel Shedd é verdaeiramente um homem de Deus a semelhança dos grandes apóstolos... Graças a Deus que ainda existem homens assim! Que todos nós sejamos tocados a viver o verdadeiro cristianismo! Que Deus abençoe em nome de Jesus, nosso Mestre...