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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Livro "Adoração Bíblica"_Russel Shedd


As Orações
O quarto elemento que Lucas destaca na adoração mais
antiga é a oração (gr. tais proseuchais, "as orações", At 2.42).
O judeu do primeiro século dificilmente podia imaginar um
culto sem orações, pelo menos na sinagoga.
Conseqüentemente, era natural que os primeiros cristãos
continuassem essa prática, ainda que com algumas
modificações.25. A importância básica das orações é notada
no nome "lugar de oração" (At 16.13). Em Filipos, uma
colônia romana, não havia os dez homens necessários para
formar uma sinagoga, mas havia um lugar de orações, onde
mulheres se reuniam (At 16.13). Paulo e Silas não sentiram
nenhum embaraço ao participarem desse primeiro culto
"ecumênico", transformando o que antes era especificamente
judaico em culto cristão. Daquele local foi feito um palco para
anunciar o evangelho.
Jesus ensinou que a oração deve ser particular (Mt 6.6)
e pessoal (Lc 11.5-13). Ele pouco falou sobre oração em
comunhão com outros irmãos, com exceção da famosa
afirmativa: "Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhesá
concedida por meu Pai que está nos céus" (Mt 18-19),
relacionada com o contexto de disciplina na igreja26 Sua
própria prática foi de orar sozinho, num monte ou lugar
afastado (Lc 6.12 9.29; 9.18; 22.41).
Ainda que pensando num sentido mais geral, a oração
se distingue da adoração pela preocupação do suplicante
com suas necessidades, enquanto a adoração conceitua a
alma sobre seu Deus. Um comentário puritano sobre o Salmo
107 dizia "A miséria instrui maravilhosamente a pessoa na
arte de orar".27
Mas as orações bíblicas valorizam a comunhão com
Deus. Como aparelhos complicados, projetados para uma
função particular, deixamos de alcançar o objetivo de nossa
existência fora da comunhão que a oração cria Egoísmo,
soberba e murmuração aniquilam a comunhão. Somos,
então, como quem tenta martelar um prego com sabonete28.
Orar de verdade quer dizer abandonar a rebelião e aceitar a
reconciliação. Jesus quis ensinar, acerca da oração, a
verdade incomparavelmente preciosa de que Deus deseja
nossa comunhão. Ele nos ama mais do que um pai humano
é capaz (Lc 11.11-13). Ele deseja ouvir as nossas
necessidades e supri-las (Mt 7.7-11). Amar a Deus acima de
todo objeto por ele criado só pode significar que Ele quer ser
conhecido e desejado pelas Suas criaturas.29. Por isso, as
orações dos santos são qualificadas como o incenso que
enche os vasos de ouro nas mãos dos 24 anciãos que
rodeiam o trono do Senhor do universo (Ap 5.8; cf.8.3). O
altar de incenso do propiciatório simbolizava o prazer com
que Deus recebia os louvores e petições do Seu povo.
No início, Deus fez o homem à sua imagem e
semelhança para que entre o infinito e sua criatura pudesse
haver comunhão, "pensamento correspondendo a
pensamento, coração a coração e vontade a vontade.30 Mas,
surpreendentemente, havia algo na criação que não era bom
(Gn 2.18); o homem, que vivia em plena harmonia vertical
com Deus, ainda não estava completo. Faltava-lhe descobrir
o que completava o nível horizontal e social. Comunhão
humana junto com a divina, para o homem.
A oração, mesmo quando elevada de uma forma
particular, não pode estar isolada do contexto social. Deus é
nosso Pai, não meu Pai. Se admitirmos que a essência do
pecado é egoísmo e orgulho, de onde emanam a geração de
pecados e condições características da humanidade após a
queda tais como: temor, frustração, ira, ciúme, inveja
amargura e vingança, reconheceremos que todos separam o
homem do seu próximo. Veremos, também, que a
reconciliação com Jesus, a qual nos induz ao louvor,
agradecimento e petições, tem a tendência de diminuir essas
barreiras. Na oração, procuramos escapar de nossa
independência para interceder.
Deste modo, não nos aproximamos do trono da graça
sozinhos, mas com o irmão, e até com a igreja.31
Orações públicas nas reuniões da Igreja devem ter o
mesmo significado. Aquele que ora, conduz toda a
congregação aos pés do Senhor, isto é, na medida que os
membros, individualmente, estejam também orando. Não ê
necessário repetir as palavras do que ora, mas, sim, elevar o
coração com ações de graças e petições pelos membros da
comunidade. Louvar a Deus pela escolha dos companheiros
na longa caminhada para o lar eterno tem um significado
singular, porque "temos da parte dele este mandamento, que
aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão" (1 Jo
4.21).
Lucas preserva um exemplo de oração pública na igreja
de Jerusalém, em Atos 4.24-31. Os estímulos anteriores a
estes momentos na presença de Deus foram a cura do
homem coxo, a interrogação de João e Pedro no Sinédrio e,
finalmente, a libertação dos dois. As autoridades não
acharam como os castigar, "por causa do povo, porque todos
glorificavam a Deus pelo que acontecera" (4.21). Uma vez
soltos, Pedro e João procuraram os irmãos da igreja e
contaram-lhes suas experiências. "Ouvindo isto, unânimes
(homothumadon) levantaram a voz a Deus" (v.24).
Perceberam claramente que Deus estava controlando todas
as circunstâncias ameaçadoras. Atribuíram a Deus o título
de "Soberano" (déspota, "autoridade suprema"), Criador do
Céu, terra, mar e todas as coisas que neles existem (v.24,
citando Ex 20.11; Sl 146.6). Nesta oração, a igreja firmou-se
no fato de que Deus é chefe supremo do universo (cf. Is
37.16). Nada e ninguém pode escapar da Sua providência
perfeita
Após reconhecer quem é Deus e o que Ele fez, a oração
afirma que Davi escreveu, pela inspiração do Espírito Santo,
palavras aplicáveis à situação da igreja A posição mundial
voltada contra Jesus, o Ungido, foi uma manifestação de ódio
contra Deus. O que acontecera nos eventos da Paixão apenas
poucas semanas antes, não fora surpresa nem ocorrera por
acaso, mas de acordo com o propósito divino. Confiança em
Deus e Sua palavra é a rocha viva em que a oração se
fundamenta
A igreja de Jerusalém não rogou para que a perseguição
acabasse e, assim, não sofresse a derrota que o temor dos
homens produz. Antes, pediu ao Senhor oportunidades e
intrepidez (parrēsia, "ousadia, liberdade, desembaraço") para
anunciar a mensagem da salvação. Não pediram curas, nem
milagres, mas desejaram (v.30) que o testemunho e a
pregação surtissem efeito sobre os ouvintes. Deus agraciou a
comunidade toda com a plenitude do seu Espírito.
Conseqüentemente, anunciavam com intrepidez a Palavra de
Deus (v.31). E a igreja cresceu em vez de se encolher e se
esconder (At 5.14).
Inseridos neste relatório da experiência na oração,
devemos notar os seis princípios seguintes.
O princípio da dependência. A igreja, sem forças
próprias e alvo da perseguição, sentiu de modo preciso a
verdade declarada por Jesus' "Sem mim, nada podeis fazer"
(Jo 15.5). Deixamos o braço da corpo físico para nos
apegarmos, pela fé, ao poderoso braço do Senhor.
O princípio da união. A igreja pôs-se a orar com
unanimidade, Eles não desprezaram a palavra de Jesus, de
que "se concordarem" (gr. sunphonēsōsin, "juntar vozes e
corações em plena harmonia") sobre qualquer coisa que
porventura pedirem, esta ser-lhes-á concedida (Mt 18.19).
Desconhecemos, freqüentemente, a força que a sintonia e
união espirituais acrescentam à oração.
O princípio da comunhão. "Levantaram a voz" (At 4.24).
Não oraram em silêncio, mas transmitiram com suas vozes o
que queriam. Dessa maneira todos podiam reforçar os
pedidos, assim como muitos fios torcidos formam um cordão
que dificilmente pode ser rompido.
O princípio do reconhecimento da grandeza de Deus. A
igreja colocou uma base inabalável sob sua oração.
Lançaram sua petição aos pés do único Soberano, aquele que
criou e controla todas as coisas. A única verdade que
realmente importa quando oramos é saber que Deus tem
Seus propósitos pré-determinados (v.28). As ameaças que
nos atemorizam não existem fora do controle de Deus (a
oração de Ezequias em Is 37.15-20). Satanás, como um
cachorro amarrado, pode rosnar, latir e até morder a igreja,
mas nunca engoli-la. A corrente que segura o diabo parecenos
muito comprida, mas ele não deixa de estar acorrentado.
O princípio de paralelismo nas Escrituras. As verdades
que o Espírito Santo revelou para Davi, e que ele, em
seguida, escreveu no Salmo 2, não valiam somente para a
situação original que aquele rei passou. "Estas coisas...
foram escritas para advertência nossa" (1 Co 10.11), Paulo
declarou. O "conforto" da Palavra de Deus (Rm 15.4) de
maneira alguma deve ser ignorado nas orações que
colocamos diante do trono de graça (Hb 4.16).
O princípio de prioridades. Ao contrário de muitas
orações pronunciadas hoje em dia, a igreja de Jerusalém
colocou a evangelização em primeiro lugar. A ameaça dos
inimigos era perigosa somente porque podia fechar a boca
dos servos de Deus. Nem curas e nem prodígios tinham
importância se esses milagres não apoiassem a desinibida
proclamação do evangelho. O plano predeterminado de Deus
culminou na crucificação do santo Servo Jesus (v.27). Deus
deu prioridade ao sacrifício substitutivo do Seu Filho para
que todo o mundo pudesse receber os benefícios do perdão.
Quando oramos devemos ter os pensamentos de Deus, como
o filho que pede um serrote ou uma máquina de escrever,
justamente porque o que quer fazer está sintonizado com o
desejo do pai. Este, por sua vez, deseja que o filho tenha a
experiência necessária para, um dia, poder colaborar com ele
(cf.1 Co 3.9).
Mais um tipo de oração da igreja recebe destaque
especial em Atos. Lucas relata que na ocasião da escolha do
apóstolo substituto, Matias, os apóstolos, mulheres e irmãos,
juntando cerca de cento e vinte pessoas, oraram juntos (At
1.24-25). Trata-se da oração que procura a vontade de Deus
na escolha e consagração de um obreiro para o ministério.
"Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos
qual destes dois (José ou Matias) tens escolhido" (v.24).
Não foi democracia eclesiástica que indicou o novo líder,
mas o desejo de preencher a vaga com a escolha divina A
ênfase desta petição, portanto, cai na autoridade de Deus
("Tu Senhor") e Sua onisciência ("conheces o coração").
Eleições desastrosas para cargos de liderança podem ser
evitadas somente por intermédio da oração que põe essa
responsabilidade pesada nas mãos do Todo-poderoso.
A escolha dos sete discípulos para cuidar da distribuição
diária teve sua causa primária na falta de tempo dos
apóstolos para ministrarem a palavra e orar (At 6.1-4). Após
a escolha segundo os critérios divulgados pelos apóstolos
(sabedoria e plenitude do Espírito), a consagração foi
realizada pela oração. Cremos que tal ato deve ter sido um
culto de entrega, um sacrifício oferecido a Deus pela igreja
Separar para as responsabilidades de administração e
ministério deve ser encarado como um sacrifício da igreja.
Tempo e talentos dela são ofertados a Deus em benefício do
Seu reino. Novamente, no início da primeira viagem
missionária, tanto a escolha como a própria consagração
surgiram e continuaram imersas na oração (At 13.1-3). Não
foi um chamado que Barnabé e Saulo receberam em
particular, mas o convite lançado para a igreja pelo Espírito,
para consagrar estas colunas da igreja de Antioquia para a
obra missionária.
Paulo e Barnabé aplicaram o mesmo princípio no campo
missionário. Ao voltarem às igrejas iniciadas na primeira
visita, promoviam eleições de presbíteros (pastores). É
importante destacar que as igrejas do sul da Galácia oraram
com jejuns para, em seguida, consagrar os obreiros
indicados: "... os encomendaram para o Senhor" (At 14.23).
Concluímos dizendo que qualquer líder da igreja de Jesus
Cristo precisa ser alguém que se comprometa a servir ao
Cabeça da Igreja

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Esse pastor Russel Shedd é verdaeiramente um homem de Deus a semelhança dos grandes apóstolos... Graças a Deus que ainda existem homens assim! Que todos nós sejamos tocados a viver o verdadeiro cristianismo! Que Deus abençoe em nome de Jesus, nosso Mestre...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Quando existe a necessidade de um Avivamento


Livro "Avivamento e Renovação" de Russel Shedd.

A necessidade de um avivamento
“R. O. Roberts apresenta uma lista de características de igrejas e indivíduos que necessitam de um avivamento espiritual. O sacrifício e abnegação essenciais ao desempenho das missões não condizem com santos e igrejas mornos.
Sua lista inclui:
1- Quando a oração deixa de ser vital para o cristão professo. É chocante observar que há igrejas que não têm culto de oração de qualquer espécie. Muitos repetem orações, mas não oram de verdade.
2- Quando a busca pela verdade bíblica pára e os cristãos se acomodam, pacifacamente, com as verdades adquiridas há muito tempo passado. Ficam satisfeitos com a massa de flores bíblicas murchas que levaram para o seu batismo. Pode ser que leiam a bíblia, mas não buscam a vontade de Deus nas páginas inspiradas.
3- Quando o conhecimento bíblico é tratado como fato externo e falta uma aplicção ao coração e à vida. A verdade divina não tem qualquer valor se não for aplicada na transformação de vidas.
4- Quando pensamentos sérios e marcantes sobre temas espirituais são raros osu inexistentes. A mente se ocupa cada vez menos com as realidades celestiais e cede espaço para os pensamentos secularizados deste mundo.
5- Quando os cultos da igreja perdem seu sabor e deleite. Se o gozo de cantar, orar e ouvir a Palavra exposta esvanece, pode-se diagnosticar anemia espiritual.
6- Quando conversas sobre temas espirituais criam vergonha ou exitação. Quem ama muito, tem prazer de falar do seu amado.
7- Quando esportes, recreação e entretenimento se tornam importantes na vida do cristão. A necessidade de recreio toma um lugar indevido, de maneira que a missão da igreja fica em segundo plano.
8- Quando se praticam pecados da carne e da mente sem criar nenhum reboliço na consciência. Calos na consciência são esperados dos que vivem alienados do Espírito de Deus, mas não dos que reivindicam um relacionamento vital com ele.
9- Quando não se almeja ser como Cristo e o desejo pela santificação não domina nem preocupa mais. O anseio pela santidade da vida marca todos que estão cheios do Espírito Santo.
10- Quando a aquisição de dinheiro e bens obcecam a mente, o desvio espiritual é mais do que evidente. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.
11- Quando é possível repetir palavras de hinos e entoar músicas cristãs sem o envolvimento do coração. A presença de Deus deixa de ser sentida, portanto, o ritualismo substitui a adoração real.
12- Quando é possível assistir a filmes e programas de Tv depravados ou ler litratura sem compromisso com a moralidade, é claro que o avivamento é necessário. Uma comunhão vital com Jesus cria uma atitude de rejeição daquilo que desagrada ao Senhor.
13- Quando quebras na comunhão fraterna da igreja não preocupam o irmão, não se pode duvidar de que está desviado do caminho trilhado por Jesus. A oração sacerdotal (João 17) eleva a unidade dos discípulos até o nível mais alto.
14- Quando se presencia a blasfêmia e o nome de ser pronunciado em vão sem sentir tristeza ou choque, tenha certeza de que o avivamento real não está aí. Um avivamento traz um temor e uma reverência ao Deus único que não admite leviandade.
15- Quando é possível sentir-se satisfeito sem qualquer sinal de poder espiritual, nem experimentar respostas às orações, há necessidade de um avivamento.
16- Quando as mais fracas desculpas são suficientes para se omitir das responsabilidades e oportunidades de servir ao Senhor pode-se concluir que o avivamento está longe do seu coração.
17- Quando se sente maior facilidade em perdoar a si mesmo, por ter cometido pecado, do que perdoar a falta de um irmão, há forte evidência da ausência de intimidade com o Deus perdoador.
18- Quando há uma conformidade com a maneira mundana de agir: dívidas não pagas, promessas não guardadas e desonestidade generalizada marcam os negócios do cristão, é evidente que há necessidade de um avivamento.
19- Quando notamos a injustiça em volta e o sofrimento humano sem sentir qualquer obrigação para aliviá-los, não há chance de o avivamento chegar.
20- Quando achamos que somos ricos em graça e espiritualidade, maravilhados da nossa piedade, seguramente o desvio espiritual não é uma ilusão.

Vamos acrescentar mais uma marca da igreja ou do indivíduo que carece de um toque do Espírito mais comprometedor
Quando uma igreja ou irmão se sente desobrigado de se engajar seriamente na última tarefa inacabada que Jesus deu para seus discípulos, pode-se duvidar que haja um avivamento. Invoca-se toda espécie de desculpa para explicar a desobediência à ordem que o Senhor deu, para testemunharem a todas as nações (etnias ou povos), antes de sua volta (Mt 24.14; Lc 24.47; At 1.8; Ap 5.9; 7.9).”

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Livro “Avivamento e Renovação” de Russel Shedd:“Mas, hoje, onde estão os Barnabés e Saulos da Igreja? Existe uma boa razão que explique as raras vocações ouvidas entre os líderes mais dotados por Deus, nas milhares de igrejas que foram levantadas em todos os cantos do Brasil, nos últimos sem anos? Se há um irmão em dez mil (na média) que ouviu a voz do Espírito, convidando-o a labutar na vinha do Senhor, levando a boa semente para terras distantes, é muito. As estatísticas missionárias são desalentadoras. Vinte e cinco milhões de brasileiros se dizem crentes, porém, há menos de dois mil missionários transculturais que têm obedecido a ordem de Cristo: ‘Ide e fazei discípulos de todas as nações’. E não é por falta de dinheiro nos bolsos dos evangélicos. Na média, um cristão evangélico brasileiro dá pouco mais de um real por ano para sustentar a obra missionária além das fronteiras nacionais.
Há igrejas comprometidas com as missões e que lhes destinam metade de suas entradas, mas as exceções como essa são muito raras. Um avivamento genuíno mudaria esse quadro, com certeza. Mudou radicalmente a visão dos morávios de Herrnhut. Após eclodir o avivamento entre os refugiados no condado, governado pelo piedoso Von Zinzendorf na Saxônia, em 1727, enviaram 226 missionários para os povos não alcançados, mais do que todas as igrejas Luteranas, Anglicanas e Batistas da Europa enviaram durante os 200 anos anteriores. A diferença foi o avivamento que mudou profundamente a visão e os valores dos que ficaram cheios do Espírito”.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma Igreja com visão missionária

Uma Igreja Com Visão Missionária
PROCLAMA A GLÓRIA DE DEUS ÀS NAÇÕES
Russell Shedd


Introdução
São três características necessárias para toda e qualquer organização Ter alguma esperança de alcançar sucesso.
1) precisa ter uma identidade,
20 deve saber qual é seu propósito ou missão e 3) entender qual é o papel ou contribuição de cada pessoa engajada membro da organização. É impossível imaginar a organização chamada “Missões Mundiais” sem identidade, sem saber porque existe e Ter pessoal que não sabe que é que devem estar a fazer.
Uma igreja precisa também ter compreensão e convicção de sua identidade, ter uma visão clara sobre sua missão e saber qual é a contribuição que cada membro deve fazer.
Ainda que Pedro nunca teve oportunidade de estudar administração e liderança, foi inspirado pelo ES a apresentar exatamente estes três elementos fundamentais.
O texto central é 1 Pedro 2: 4-10
I. Identidade quádrupla– v.9
A. Raça eleita – “raça” (nascidos dentro da família de “preconhecidos” (selecionados) – “imagem do Filho”(Rm 8:29). Para ser raça é imprescindível que haja um nascimento dentro da família. A raça eleita é da família de Deus.
B. Sacerdócio real – adoradores verdadeiros que participam e administram o culto ao Deus único, oferecendo sacrifícios e promovendo a glória de Deus.
C. Nação santa –distinta em vida, práticas e costumes, todas santas, para mostrar às nações (não santas) a gloriosa natureza do Deus único e triuno. Os povos sem conhecimento devem ver a grande diferença entre a povo de Deus e o do Diabo.
D. Povo de propriedade exclusiva de Deus – Is 43:2 “povo” representa o conceito de unidade e relacionamento de amor (cf “formei para mim para celebrar o meu louvor”. Um povo especialmente amado por Deus tal como uma esposa.

II. Propósito e Missão – v. 9 – a visão da razão porque a igreja existe.

Porque estamos aqui, porque Deus nos fez raça eleita, sacerdócio real, nação santa, e povo de propriedade exclusiva dele.
A resposta está no fim do v. 9 – “para proclamar as virtudes daquele que nos
Spurgeon se preocupou com a perda da visão da missão da igreja:
Durante as últimas décadas, um mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como fermento, até que toda a massa fique levedada.
O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos e em seguida, ela gadualmente amenizou seu testemunho; depois passou a aceitar e justificar as frivolidades que estave em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerará-las em seus areais e agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões...Em nenhum lugar encontramos, E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho...tais palavras nãoa se encontram na Bíblia.
Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? Vós sois o “sal” não o docinho, algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor; “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos (Lc 9:60).
...A missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do Evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade, uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.” (Spurgeon, pastor batisita, nasceu em 1834; morreu 1892).
A Missão em palavras contudentes é ---
A. ... proclamar as virtudes “poderes” de Cristo –
1. A Revelação única de Deus – Jo 1:18 – Jesus (exegeomai) a Deus.
2. A Revelação central do amor salvador de Deus – Jo 3:16
3. A Revelação do único nome pela qual há salvação – At 4:12
B. Para proclamar o Seu convite para renunciar ou deixar as trevas para Sua maravilhosa luz – cegueira satânica para a visão do céu – At 26:18

Cl 1:13 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transsportou para o reino do Filho do seu amor...”
III. Responsabilidades individuais dos membros da Igreja – do sacrdócio universal: M. Lutero redescobriu o privilégio e responsabilidade sacerdotal de todos os cristãos.
A. Adoração – 2:4 “chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa”.
B. Edificação – “sois edificados casa espiritual” – comunhão com Deus. A Igreja composta de pessoas unidas e comprometidas umas com as outras.
C. Sacrifícios espirituais – v. 5
1. Rm 12: 1 – seu corpo – um sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. – Ilustrar com as declarações de exclusão do Movimento Missionário Estudantil.

1) Sou totalmente incapacitado, portanto não posso fisicamente servir.
2) Não recebi nada – não posso dar nada.
3) Não gosto deste mandamento – o poder é muito centralizado; não é democrático.
4) Meu vizinho não está cumprindo esta lei.
5) Eu estou pedindo isenção por vinte anos. Preciso tempo para pensar.
6) Completei 20 anos e preciso de mais tempo para pensar.
7) Meu barco sai de Jope para Tarsis amanhã as 17 hrs.
8) Nunca recebi um chamado do chefe dizendo que a lei me diz respeito.
9) Não sendo filho de Deus, não estou sujeito à jurisdição desta lei.
10) Outra razão__________________.
2. Hb 13:15 - “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”. Não adianta mandar um missionário para evangelizar que não tem o hábito.
Ralph Covell:
Quatro mitos segundo um ex missionario para China:
- O mito vocaçional – somente uma pequena parte da igreja tem obrigação de se interessar na última vontade de Cristo
- O mito do chamado específico – sem uma chamado especial para um lugar, não vou me preocupar – Dick Hillis, “Eu nunca fui chamado para a China.” Foi expulo e iniciou a Cruzadas Alem Mar.
- A necessidade de primeiro evangelizar a pátria ( Edson Queiroz). Atos 1:8
- Um missionário é aquele que deixa sua terra natal, sem pensar nos dons, iniciativa, a estratégia, língua, a cultura, preparo e amor pelo povo para o qual Deus o envia.
3. Fp 3:18 – Sustento missionário, um sacrifício financeiro - “Recebi tudo e tenho abundância, estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus”.

Conclusão
Quem somos, como igreja, se mostra em nosso propósito e missão – Somos raça eleita, sacerdócio, povo santo e exclusivo de Deus com a visão definida do porque da existência que é para proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para essa finalidade.
A participação de cada um de nós deve concentrar em adoração que_glorifica a Deus, ser edificado em casa habitado por Deus, e ser sacerdócio santo, todos comprometidos em oferecer sacrifícios que glorificam o Senhor. A missão da Igreja portanto, é ser e levantar porta-vozes daquele que nos deu a responsabilidade de convidar os perdidos nas trevas para sua maravilhosa luz. Temos identidade, temos uma missão que surge diretamente de nossa identidade e sabemos que todo verdadeiro cristão tem um papel importante para desempenhar.
Disse Garrison Keillor, “Conhecer e servir a Deus, naturalmente, é a razão que estamos aqui. Esta é uma verdade clara que, como o nariz em seu rosto é pertinho e facilmente discernivel mas pode produzir tontura se concentrar nele por muito tempo. Que servirá além de fé em tempos cínicos como o nosso. Quando o país escorrega paulatinamente para os cachorros, gatos precisam aprender andar com cuidado, em cima de cercas, dormir em arvores e crer que todo este mundo canino latindo não é o fim de tudo.
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Missões por Russel Shedd

MISSÕES NA IGREJA ATUAL
Por Russel Shedd – sheddpublicaçoes.com.br

Introdução

Temos um problema com o conceito de chamado.
O chamado para seguir a Jesus não pode ser separado da vocação de servir – Mt 4:19.
Nas parábolas de Jesus as sementes que não multiplicam, são sufocadas pelos cuidados do mundo; não tem raiz – Mt 13:24-30
Segundo as parábolas não é opcional servir a Cristo –
Jesus exige carregar a sua cruz – integrar-se na missão que Jesus veio cumprir.
Não está certo restringir aos doze a obrigação de divulgar o evangelho no mundo – Lc 9:60-62.
Os diáconos de Atos serviram a missão de Jesus e não apenas às mesas – At 6:1-8:40.
Os cristãos que foram dispersos por causa da grande perseguição que assolou a igreja de Jerusalém, não precisavam de um chamado especial para divulgar o evangelho – At 8:1-4
Quatro Mitos – Dr. Ralph Covell
1. Vocacional – somente parte da igreja tem chamado para missões.
2. Um chamado especial é necessário – seria interessante enviar um missionário que não tem um chamado específico?
3. Um missionário é alguém que deixou sua terra.
4. Falar é tudo – folhetos, rádio, gravações evangélicas
Princípios Básicos
1. Atos mostra que os melhores obreiros devem ir para a missão – At 13:1-3. Paulo e Barnabé forarm separados pelo Espírito Santo.
2. Atos não informa se houve levantamento de ofertas para pagar as despesas da viagem e sustento. Paulo trabalhou com suas próprias mãos para sustentar os colegas – At 20: 34. As ofertas de Filipos e possivelmente de Roma ajudaram o Apóstolo cobrir as despesas – Fp 4:16-18; Rm 15: 24.
3. Fica claro que os missionários deveriam ser preparados – Paulo durante 14 anos depois de sua conversão – Gl 1:14. Barnabé teve preparo em Jerusalém e Antioquia.
4. Algumas pessoas são específicamente designadas para certas culturas ou regiões – Jesus para a casa de Israel. Paulo, apóstolo enviado aos gentios. Mas compare Rm 9:1-3.
5. Romanos 10:14-21 – somente podem invocar o nome do Senhor se alguém crê. Alguém crê somente se ouviu por um pregador. Somente há pregador se for enviado.
6. Peter Wagner pensa que existe um “Dom” missionário.

Considerações
1. As necessidades da região – Jonas 4:11
2. Porcentagem cristã –
Chile – 22%
Corea – 30%
Brasil – 15%
Compare os paises que não tem nem um porcento – Mauritânia, Libia, França, etc.
3. Albânia hoje comparado com 10 anos passados.
4. Receptividade e portas abertas
5. Considerações pessoais




a. Adaptação cultural- importância de ajudar os obreiros que existem no própiro país (Instituto Haggai).
b. David e Helen Ekstrom em Guatemala – Analzira em Huambo, Angola. Jarbas da Silva em Congo ou Madagascar e não em Moçambique.
c. Índia – Banda Missionária de Oração e George Samuel (6,000 missionários na India).
6. Treinamento
a. Convenção Batista Brasileiro – missionários agora começam a receber um pouco de treinamento em antropolgia e linguística.
b. CEM em Viçosa, MG. CTM em João Pessoa.
c. Sustento – os missionários que conseguem levantar sustento significa que as suas igrejas confiam neles.
7. O Dom de Missionário
a. O avivamento entre os morávios em Saxônia em 1727.
b. O avivamento em Wheaton College 1950
c. Hudson Taylor – C.T. Studd
d. O quadro de Missões no Brasil – Kairos, Missões Mudiais


Conclusão
1. Como desafiar os estudantes de nosso seminarios e igrejas?
2. Como se pode criar uma visão missionária.
3. Qual é o modelo melhor para preparo e treinamento para cumprir a missão?
4. Charles Stanley, “O pecado mais severo dos cristãos é uma paralizante falta de preocupação e uma atitude anestetizada de “não me importa”. Por que deve me preocupar? Não é de se admirar que milhões estão perecendo.
5. C.T. Studd, “Ganhando almas ali (no campo mssionário) é a mesma coisa do que ganhar almas aqui; é apenas mais dificil. O demônio vem e diz, “por que não voltar

para casa? Você pode ganhar mais almas em sua terra do que aqui. Mas eu recebi ordens para marchar para China. Preciso uma ordem igualmente clara para voltar.”